CULTURA ZERO NO RIO DE JANEIRO
EMAIL ENVIADO POR CEZAR MAIA
| "ELITE" POLÍTICA DO RIO NÃO QUER SABER DE INVESTIR EM ARTES! 1. Um dos mais destacados líderes políticos brasileiros no pós-guerra dizia que investir em cultura é buscar desgaste. Afinal -dizia- no mundo artístico, cada cabeça é uma sentença e, dessa forma, se agrada um e se desagrada muitos. E concluía: melhor é fazer shows de música popular e ir em frente. 2. Os exemplos são amplos, em nível federal, estadual e municipal. Certamente não foi uma prioridade do regime militar. Vide as pornochanchadas. Também não foi de nenhum dos presidentes de lá até o dia de hoje. Gastam mais com incentivos tributários, transferindo responsabilidade, do que com investimentos diretos em cultura. 3. O Rio -que os políticos enchem a boca para dizer: “capital cultural do país”- é um exemplo disso. Basta pensar o que fizeram os governadores nesses anos todos para trás. Nada! A prefeitura do Rio, entre 1993 e 2008, reverteu este quadro, com a rede de teatros, com o centro de coreografia, as lonas culturais, o museu de arte contemporânea, a Cidade do Samba, o Centro de Referência da Música Carioca, a Rio-Filmes, operacionalizada a partir de 1993, o novo desenho do réveillon a partir de 31/12/1994, etc. 4. O atual prefeito, apesar dos inegáveis esforços do segundo secretário de cultura, mantém a linha de esquecer da cultura e lembrar dos eventos. Assim mesmo, nenhum do porte dos Rolling Stones em Copacabana. E com patrocínios desproporcionais e inusitados, como 30 milhões de reais para o sorteio das eliminatórias europeias para a copa de 2014. 5. Vereadores dos atuais PC do B e o PSOL, com ajuda de boa parte da imprensa, conseguiram impedir o Rio de ter o mais importante museu de arte contemporânea, em rede de museus, do mundo: o Guggenheim, obstruído na justiça. Depois veio a mais importante escola de design do mundo -o IEDI- inviabilizado na justiça pelo PV. 6. E, finalmente, a Cidade da Música, o mais avançado complexo de concerto, ópera e balé do mundo, com a acústica mais sofisticada, suspenso pelo explícito PMDB, com apoio do PT, e mais uma vez com a omissão militante de parte da imprensa. 7. Uma pesquisa com mala direta e resposta paga da mais importante promotora de eventos no Theatro Municipal, direcionada a 5 mil pessoas-top da Barra da Tijuca, não obteve uma só resposta sobre interesse a eventos no Theatro Municipal e Sala Cecilia Meireles. 8. Não há cidade global sem ter centralidade cultural. E não há centralidade cultural sem um equipamento de dimensão e qualidade internacionais. Gastar 1 bilhão de reais num estádio de futebol só recebe aplausos de muitos ou omissão de parte da imprensa. Gastar 3 bilhões de reais num túnel, após derrubar um viaduto, gera perplexidade de muitos e..., omissão de parte da imprensa. 9. Mas investir 500 milhões de reais em 2006 a 2008 no mais sofisticado complexo de Música e Dança -Ópera, Balé e Concerto- duas salas adicionais para música de câmara e acústica, Escola de Música com 12 salas acústicas, shopping cultural e parque público de atração, com todos os equipamentos de gravação de eventos..., aí sim, isso gera reação. Essa reação é produto da inexistência de plateia e demanda para tal. 10. Nos últimos 10 dias de 2011, o Lincoln Center recebeu, nas suas 3 salas, 70 mil pessoas. A Cidade da Música tem a função adicional de construir plateia para que o Rio, revitalizado, não seja apenas um desfile de belos corpos, mas também de belas mentes. |
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